Título:
Estilhaça-me
Autora:
Tehereh Mafi
Editora:
Novo Conceito
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC
Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.
Juliette tem um toque mortal, que ela não pode controlar. Sempre foi desprezada por sua família e colegas de escola, pois encostar em qualquer ponto de sua pele causava dor e morte. Assim cresceu sozinha em meio a um monte de gente, o pior tipo de solidão, se saber o que é um abraço, um aperto de mão. Quando foi levada para o hospício seus pais quase se ajoelharam em agradecimento. Mas tudo muda quando, depois de 264 dias sem ser tocada ela conhece Adam Kent, que é jogado em sua cela sem razão aparente. Adam.. que a lembra da única pessoa que a olhou com compaixão, como um amigo faria. E aí a vida de Juliette muda. Para melhor, ou para pior?
Estilhaça-me me surpreendeu, eu confesso. Inicialmente eu pretendia comprá-lo em inglês mesmo, mas a Novo Conceito anunciou seu lançamento eu decidi esperar. Enqaunto isso me consumi lendo as resenhas internacionais. No começo todas eram bem positivas, mas depois.....Aí o desanimo começou a bater, e creio que ter me apegado às resenhas negativas só fez balacear as altas expectativas que a sinopse me trazia, o que foi ótimo, pois fiquei em um campo neutro de opiniões.
Mas eu não vou dizer para vocês que só por estar num campo neutro que eu gostei tanto do livro. Acho que até mesmo se eu ainda tivesse no campo das altas expectativas eu teria gostado muito do livro. É por que ele é realmente bom sabe, de um jeito diferente do comum, mas ainda é. E tem um romance que eu não vejo muito nos YAs de hoje em dia: a protagonista não quer ser, e não é, inocente e pura o tempo todo. Deixa eu explicar: há cenas bem sexies nesse livro, que te deixam ansiando por mais, como se você fosse a personagem sendo agarrada pelo lindo do Adam. E Juliette, a agarrada em questão, não se escandaliza, pelo contrário, ela provoca, ela também quer. Ui!
Não tenho encontrado muitas personagens assim nos YA. O desejo está subentendido, ou somente nos pensamentos, raramente externado. Sim, são YAs, ou seja, jovem-adulto, então esse envolvimento físico (não explicito, óbvio) também deveria entrar em questão, faz parte do crescimento. Mas eu gosto dos dois tipos de YA, que fique bem claro isso! Só que variar é bom.
Mas falando da estória: é um pouco confusa no começo, mas só por que a Juliette está em um hospício , sozinha, há 264 dias. Ela devaneia um pouco, falando de sua vida, entremeando com informações da sociedade distópica em que vive, pensando no seu presente, no seu futuro, nos seus desejos de liberdade. Mas não se assutem, pois na página 10 eu já estava totalmente acostumada a esse estilo. E por falar em distopia, nem todas as informações são repassadas logo de inicio. Algumas você vai descobrindo aos poucos conforme a estória evolui. Outro ponto positivo, pois você vai se acostumando a nova sociedade e passando a enxergá-la de forma própria.
Eu adorei Adam, Juliette, Kenji, odeio o Werner, e espero sinceramente que a autora não invente um triângulo amoroso. Quero mais cenas sexies, claro, mas só com o Adam okay? O James também é uma graça, um garoto esperto. A escrita da autora é um tanto diferente, mas fácil de acostumar. E eu já estou apaixonada pela série ♥♥♥ E sim, apesar de ser uma distopia, o romance tem um pouco mais de destaque. Mas é bom do mesmo jeito e tenho certeza que só vai melhorar!
O segundo livro, Unravel Me, só será lançado em fevereiro de 2013. ME DIZ, COMO EU VOU CONSEGUIR ESPERAR ATÉ LÁ, ME DIZ!Vou fazer uma campanha para os autores só lançarem seus livros quando estiverem todos escritos, para serem lançados mais rápido.
Como diria Juliette: