CONTÉM SPOILERS DO LIVRO ANTERIOR
Título:
Mordida
Autora:
Meg Cabot
Editora:
Galera
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC
O poder especial de Meena Harper finalmente será valorizado. A Guarda Palatina - uma poderosa unidade secreta que caça demônios - a contratou para trabalhar na filial de Manhattan. A questão é: seu ex-namorado, Lucien Antonesco, é filho do Drácula e o príncipe da escuridão. Tudo bem, Meena decidiu que já chega de vampiros em sua vida... Ao menos até que consiga provar que, mesmo não tendo alma, os seres demoníacos não perderam a capacidade de amar.
Mordida é a continuação de Insaciável, o primeiro romance de Meg Cabot com personagens vampiros. Ela não resistiu à 'moda' mas também não foi comum em sua abordagem. A personagem principal, Meena, que tem o poder de prever como as pessoas vão morrer, tinha aversão à vampiros e não entendia a fascinação que eles despertavam até ela mesma se apaixonar por um, Lucien Antonesco, que nada mais é do que o príncipe dos vampiros, filho de Drácula.
Em Insaciável, Meena foi perseguida pelos vampiros do clã de Lucien e enfrentou a Palatina, uma organização que caça e destrói seres sobrenaturais, para tentar provar que seu namorado vampiro não é de todo mau. Agora Meena está trabalhando para a Palatina e fazendo a sua parte para ajudar a proteger o mundo dos seres maus. Nem ela e nem eu gostamos da atitude de Lucien ao final de Insaciável, e faz muito tempo que ela não tem contato com ele, apesar de sentir que ele não está tão longe dela.
Parece que Meena não vai ter paz, já que sua cidade está sendo palco de desaparecimentos misteriosos de turistas e Alaric tem certeza que isso é obra de Lucien ou de seu clã e, além disso, um ex-namorado dela foi transformado em vampiro e a atacou. Enquanto tenta se proteger das ameaças, Meena também tenta provar que Lucien não seria capaz de fazer isso com ela nem de assassinar turistas, mas as atitudes dele não tem deixado muita margem para esperanças. Pobre Meena.
Mordida não tem o mesmo tom de ironia e sarcasmo que seu anterior tem em relação aos vampiros, do qual eu senti falta, mas não deixou de ser menos legal para mim. A Meg investiu mais no mistério em relação ao estado de Lucien no livro, onde ele se esconde, quem está matando os turistas e transformando pessoas do passado de Meena em vampiros. O livro tem um clima mais pesado, de final mesmo. Tudo (e isso quer dizer muita coisa) precisa ser esclarecido logo, por isso o livro é mais corrido, incluindo o final.
Eu gostei e não gostei do final. Gostei de saber com quem Meena ficou, mas achei corrido o modo como isso aconteceu. Err, nem dá para falar muito sem contar um spoiler, mas não gostei do que aconteceu a um dos personagens, achei que foi uma solução muito fácil para o que ele representava na estória, e preferia que tivesse sido de outra forma, mais..feliz.
Mas ficou uma lição legal e que serve para tudo: não se prenda a estereótipos, nem a bons nem a maus, e isso serve para vampiros, humanos, estórias de vampiros e etc. Para mim pareceu até uma critica às criticas, inclusive a dela mesma. Ou talvez ela tenha pensado nisso desde o começo. Ou talvez eu tenha viajado na maionese rsrsrs.
De forma geral eu gostei bastante da série. Não é por nada, mas a Meg sempre dá um jeito de colocar algo em suas séries que nos fazem querer lê-las até o final, mesmo que nem tudo nos agrade. Ou é um personagem, ou é um aspecto da estória, ou é o tema. Com Insaciável e Mordida foi assim, e para quem gosta do estilo da Meg, recomendo.