Título:
Primeiro Amor
Autor:
James Patterson & Emily Raymond
Editora:
Novo Conceito
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC
Axi Moore é uma garota certinha, estudiosa, bem comportada e boa filha. Mas o que ela mais quer é fugir de tudo isso e deixar para trás as lembranças tristes de um lar despedaçado. A única pessoa em quem ela pode confiar é seu melhor amigo, Robinson. Ele é também o grande amor de sua vida, só que ainda não sabe disso. Quando Axi convida Robinson para fazer uma viagem pelo país, está quebrando as regras pela primeira vez. Uma jornada que parecia prometer apenas diversão e cumplicidade aos poucos transforma a vida dos dois jovens para sempre. De aventureiros, eles se tornam fugitivos. De amigos, se tornam namorados. Cada um deles, em silêncio, sabe que sua primeira viagem pode ser também a última, e Axi precisa aceitar que de certas coisas, como do destino, não há como fugir. Comovente e baseado na própria vida do autor, este livro mostra que, por mais puro e inocente que seja, o primeiro amor pode mudar o resto de nossas vidas.
James Patterson, James Patterson, o que fazer com esses tuas histórias? Desde que li “O Diário de Suzana para Nicolas” tento me preparar psicologicamente para seus livros únicos. “Primeiro Amor” se insinua de uma forma para depois pegar um rumo completamente inesperado. Eu realmente não esperava o que me aguardava. E doeu, sabe?!
Alix é uma garota de 16 anos comum dentro dos padrões considerados normais: estudiosa, dedicada, boa filha, etc, mas um dia ela acorda com um propósito de fugir de sua cidade pequena e de sua normalidade. Na mochila apenas o estritamente necessário e ao lado seu companheiro de viagem: Robinson.
Dois amigos de personalidades diferentes (patife e MC *Menina Careta*) em uma road trip sentindo o gosto de liberdade. É o ideal. A não ser que exista sentimentos mais profundos entre eles.
Alix, mesmo viajando lado a lado com o garoto que faz seu coração palpitar, aprontando tudo que não deveria (como roubar carros em várias cidades diferentes, por mais que eles devolvam com um bilhete de agradecimento), não consegue pôr para fora seus sentimentos.
“... Eu não conseguia nem mesmo dizer a um garoto que o amava. Que, toda vez que olhava em seus olhos, sentia como se estivesse me afogando e sendo salva ao mesmo tempo. Que, se tivesse que escolher entre morrer amanhã e passar o resto do dia da vida sem ele, eu seriamente consideraria optar pela morte iminente.”
Durante sua
aventura, seus sentimentos são revelados e correspondidos de maneira doce e
sincera. Robinson também ama Alix mas, às vezes, a vida não para para apreciar
um belo primeiro amor.
“O amor é mágico e infinito. Mas a sorte, no final das contas, não era.”
O autor foi feliz em fazer o leitor desvendar aos poucos as reais motivações da fuga. Alix está longe de ter uma vida perfeita e descobrimos que não há muito que a prenda em sua cidade. E Robinson, o adorável Robinson, não é apenas charme e otimismo. Há muito de palpável nos dois personagens mesmo que suas rotinas durante a road trip não sejam críveis o suficiente.
James Patterson tem uma narrativa muito gostosa e fácil. Os diálogos são engraçados e joviais e há várias referências de musicas e livros, fator esse que aprecio. No entanto, suas experiências são muito atenuadas e, do nada, uma bomba. Honestamente, eu não esperava o teor trágico que o livro trouxe, mas enfim... os autores andam meio sem coração ultimamente.
“Primeiro Amor” é um livro com citações bonitas que inspira boas perspectivas. Posso catalogá-lo como água com açúcar tranquilamente (e com lágrimas nos olhos). Apreciei a leitura, mas não há nada de muito arrebatador, mesmo o autor alegando que a história é inspirada em um romance de sua vida.
Quem gosta de Nicholas Sparks, pode vir que aqui é seu lugar. Estarei no aguardo do próximo livro de James Patterson com um lenço em mãos, certeza.
Fernanda Karen Estudante de Serviço Social com o coração no curso de Letras. Apaixonada por séries, dramas e café. Bookaholic irrecuperável e promiscua literária. Eventualmente estou trocando um de meus rins por livros muito desejados. (Qualquer coisa é só entrar em contato). Amo YA, ficção-fantasia, clássicos (brasileiros, portugueses, ingleses, latinos etc), chick-lits... Perceberam que meu preconceito literário é zero? Ops, quase zero; não leio auto-ajuda.