Olá, meus queridos leitores!
Estava aqui pensando com meus botões e, afoita com
algumas novidades (que contarei mais na frente), constatei: NUNCA ESCREVI SOBRE
“A SELEÇÃO” PARA O BLOG! Tipo??????????
Agora vamos mudar isso aí!
Os 3 primeiros livros da série (que originalmente era uma
trilogia mas... novidades abaixo) já foram lançados no Brasil, pela Editora
Seguinte. Eu peguei o bonde andando com esses livros, sabe, mas no
final foi um feliz achado! Mesmo com tantos elogios e resenhas positivas,
demorei bastante para começar a ler, porém, agora que o conheço, estou/sou
entregue, encantada, enredada!
A série trata de várias coisas que gosto (realeza, charmings, love). Seu gênero
é distópico, e por mais que, sim, tenha a tensão de toda aquela sociedade
singular e, sim, ela seja bem injusta, o cerne da história destes livros são os
conflitos pessoais e... dúvidas. Muitas dúvidas.
Em A Seleção, América vive em um país monárquico, chamado Illéa, e sua sociedade é dividida por castas. Elas são divididas de 1 à 8, e cada casta trabalha numa área específica. Tem a ver com a ajuda que seus ancestrais deram ao governo no passado. América é uma Cinco. Uma artista. No entanto, as castas 5, 6, 7 e 8 estão longe de serem bem sucedidas no status quo. Isso pode mudar, porém.
A seleção é uma competição no estilo reality show que leva 35 jovens de 16 à 20 anos a terem a chance de casar com o príncipe de Illéa. É interessante. A monarquia quer o apoio do povo e a seleção é uma tradição: todas as princesas são filhas de Illéia.
Enquanto elas participam da competição, suas famílias recebem ajuda do governo e aí está o x da questão: America não quer ser princesa.Ela nem vai com a cara do príncipe Maxon pela TV. Ele parece travado, sem graça e tenso. Ela não o quer (bobinha, bobinha, tsc). Mas a seleção é uma oportunidade para ajudar sua família. Fora a bolsa que ela pode ganhar, sua mãe insiste que sua beleza a levará longe.
Claro que não é pelo simples prazer de ser contra que America descarta a seleção. Existe Aspen. Ela não precisa participar de um concurso para se
casar se já tem o amor da sua vida perto. Porém Aspen é um Seis. Isso implica em várias situações adversas para um casamento bem sucedido.
Ninguém casa para ir para uma casta inferior. Isso não importa para America, mas aparentemente importa para Aspen. Ele insiste que ela faça sua inscrição na seleção e termina o
relacionamento.
America, depois de ser selecionada entre milhares de moças, parte para uma fase nova de sua vida. Mesmo com o coração partido, ela vai perceber que o príncipe Maxon não é apenas um rótulo. Ele é uma pessoa de bom coração, com uma risada estranha - porém fofa -, genuinamente preocupado com seu povo e... gosta dela. Claro que America vai balançar, mas ela precisa lembrar que não há apenas ela. America terá que se manter na competição para ter a oportunidade de decifrar seu coração.
“A Seleção” é um livro muito bonito. Vocês já viram a capa dele? É lindo de verdade. E não apenas! A história tem um quê de clichê, sim, mas é encantadora, divertida e chama muita atenção. Expõem bem as necessidades do povo e a inocência hipócrita da realeza. Gosto desse toque de realidade mesmo em meio a um ~conto de fadas~.
O primeiro livro é a fase do conhecimento. Algumas dúvidas importantes sobre a própria sociedade ficaram no ar. Sem falar no relacionamento entre Aspen/America/Maxon (me abraça triangulo amoroso!). O livro é simples e fácil, os personagens são incríveis e encantadores. Claro que eu amaria!
Obvio que para dar substancia a trilogia, teria que surgir algumas tretas. Séries são feitas de tretas, amigos. Anotem isso.
“A Elite” é o
livro 2 da série (ex-trilogia). Demorei para ler, mas quando o peguei, li em 24
horas. A narrativa de Kiera é incrivelmente fluída e muitas coisas interessantes
acontecem. O exposto abaixo pode conter alguns spoilers do livro 1. (Adoro.)
O título do livro já é uma informação relevante. A Elite é como são chamadas as garotas favoritas que permaneceram na Seleção. Agora restam apenas 6 e America continua firme e forte como predileção do príncipe Maxon. No entanto, as duvidas dela podem prejudicá-la seriamente.
Aspen, seu ex-namorado e atual guarda do castelo, ainda a cerca com suas promessas de amor, e mesmo com os perigos, eles ainda trocam algumas carícias. (Vontade de dar na cara dessa vadia, sério.)
“A Elite” dá uma dimensão mais ampla das consequências que a seleção acarreta para as meninas e é legal ter noção do que pode acontecer se America der um passo em falso. Alguns fatos põem em xeque a opinião de America sobre a verdadeira personalidade de Maxon, e com seu afastamento as outras moças da competição começam a ter sua chance para conquistar o príncipe. America precisa dar um rumo ao seu coração o quanto antes, afinal, Maxon não pode esperar para sempre e ela não é a única no páreo.
É interessante como a autora abre um espaço maior para o pano de fundo da história nesse livro. A finalidade da monarquia é frágil demais e com um olhar mais crítico, pode-se atentar para as reais consequências que a seleção pode trazer para uma vencedora com propósitos. Os rebeldes continuam atacando o castelo e levantando duvidas sobre suas motivações. A coisa parece ser realmente séria e alguns fatos curiosos acontecem.
No mais, o livro é fabuloso! Fora o coração promíscuo de America e suas eternas dúvidas (sem cabimentos, por favor. Maxon, né!), o livro é tranquilo. America é uma personagem inteligente, sem a fragilidade irritante que vemos em algumas séries, mas ela peca no mimimi sentimental com esse triangulo amoroso.
Não posso deixar Maxon em pedestal de ouro nesse livro. Ele pecou em algumas atitudes, o que faz dele mais humano. Gosto quando os autores tem a preocupação de não idealizar demais seus personagens (minha mente já faz isso no automático), os tornando mais próximos do real. “A Elite” é um intermediário importante para a esperada conclusão da história que é...
“A Escolha”. A
Editora Seguinte lançou o ultimo livro da trilogia simultaneamente com os EUA e
isso foi demais! Surtamos todas ao mesmo tempo nas interwebs. Sério, foi
incrível!
O ultimo livro traz o fechamento da história do romance
de America de forma adorável. Infelizmente, creio que Kiera Cass pecou no que
diz respeito à continuidade das informações do universo que criou. Foi tudo
rápido demais, entendem? Foram coisas demais para pouco livro. Terminei a
leitura em pouco mais de 24 horas sentindo falta de consistência na história e
querendo muito mais!
A competição pelo príncipe/coroa continua firme e forte com uma concorrente seríssima no páreo com America (quem manda fazer muito doce, bem-feito!).
Maxon precisa fazer sua escolha o quanto antes, pois a vida das concorrentes e de suas famílias correm perigo. Os rebeldes Sulistas estão cada vez mais vorazes em seus ataques, porém pode surgir uma trégua com os rebeldes Nortistas. Uma trégua interessante que desvendará alguns mistérios. Vamos enfim saber o porquê da predileção dos rebeldes por America. O que ela tem a ver com essa revolução que eles pretendem. É interessante como o jogo político fala alto e é importante na história. Daria para a autora trabalhar tão bem esse aspecto se o livro não fosse corrido... Affo.
America, Maxon e Aspen vão trabalhar juntos para um bem
maior no que diz respeito a segredos de estado, porém quando os segredos pessoais
vierem à tona, as coisas não serão tão amigáveis.
Claro que haverá várias tretas antes do “felizes para
sempre” (algumas, inclusive, que quase me mataram de taquicardia), porém Kiera
fechou esse arco de uma forma esperada e agradável. (Bem, se o leitor ignorar a
grande tensão do final do livro, a conclusão é bem legal).
Gostei do modo como Kiera trabalhou a perspectiva dos personagens, sobretudo quando ela lançou “Os contos da Seleção” que contém os pontos de vista de Maxon e Aspen, respectivamente intitulados de “O Príncipe” e “O Guarda”. As histórias são pequenos spin-offs dos dois concorrentes ao coração de America e, particularmente, meu coração team Maxon não balançou nem por um segundo. Os contos foram lançados primeiramente em e-books gratuitos, mas depois a Editora Seguinte compilou os contos e pôs mais algumas curiosidades e surgiu mais um livro adorável do universo de “A Seleção”. É amor demais para um coração só.
Adendo: na versão
impressa de “Contos da Seleção” o conto “O Príncipe” é versão estendida do que
saiu em e-book. Quem não tem está perdendo amor, hein.
“A Seleção” é um clichê confortável, e para quem nunca leu uma distopia que
acabe bem, vai amar. Só para constar: nem tudo foi de um alegre azul celeste (rssss). Kiera criou um
conflito e (mania feia desses autores) matou personagens marcantes. Lamentei
mais por uns do que por outros, porém gostei do final, sim.
Kiera Cass tem uma narrativa muito gostosa e fácil. São
livros rápidos e apaixonantes que encantam de verdade quem gosta de romances
adoráveis. E as capas, gente, são lindas de morrer! Não sou fã de pessoas em
capas de livros, mas, definitivamente, os livros de “A Seleção” são exceções.
E ainda tem novidade:
Kiera anunciou durante a auê do lançamento de “A Escolha” que lançará um conto
sobre a Rainha Amberly, a mãe de Maxon (e consequentemente: minha sogra)! Vamos
saber como foi sua vida durante sua Seleção e como essa mulher adorável foi
virar esposa do homem mais detestável de Illéa que, a propósito, é o rei.
E tem mais (Obrigada, Deus!): recentemente, Kiera Cass
anunciou o lançamento do livro “A Herdeira”. Este livro fará parte do universo
de “A Seleção” mas, aparentemente, vai abordar questões completamente novas.
Afinal, como eu já constei, os 3 primeiros livros da série fecharam o arco de
América, Maxon e Aspen.
Quase enfartei quando li a sinopse dele livro. Muito
sério.
Enfim, enfim, ainda teremos muitos surto por esse universo
e estou ansiosa para mais mais MAIS!
Adendo aleatório: cês já prestaram atenção nos
agradecimentos de Kiera Cass nos finais de seus livros? Essa mulher é adorável.
Eu lia os agradecimentos e parecia que ela estava me espionando.
“Muito bem, leitor. Se
você estiver realmente atrasado com todo o resto ou cansado só porque ficou até
tarde terminando este livro, gostaria de agradecer primeiro a você.” Por
nada, Kiera.
“Bem, olá, lépido
leitor. Obrigada por ler meu livro! Espero que ele tenha feito você sentir a
inevitável necessidade de tuitar às três da manhã.” GENTE! Nessa hora olhei
para os cantos do meu quarto procurando a câmera. Kiera devia estar me
espionando, com certeza!
“Coloque a mão sobre
este livro e finja que estou te cumprimentando. É sério. De que forma eu
poderia agradecer você por ler meus livros?” Não disse? Adorável. Essa
mulher é adorável.
Então, já leram algum livro de “A Seleção”?
O que acharam? Venham amar comigo nos comentários!
OBS: Minha amiga linda maravilhosa com o sotaque cearense
mais perfeito conseguiu pegar o autografo de Kiera Cass pra mim quando ela
passou em Fortaleza em Agosto. Descobri nesse instante que não se morre de
amor. Bjs.
*Tchau de princesa de Illéia*
Fernanda Karen Estudante de Serviço Social com o coração no curso de Letras. Apaixonada por séries, dramas e café. Bookaholic irrecuperável e promíscua literária. Eventualmente estou trocando um de meus rins por livros muito desejados. (Qualquer coisa é só entrar em contato). Amo YA, ficção-fantasia, clássicos (brasileiros, portugueses, ingleses, latinos etc), chick-lits... Perceberam que meu preconceito literário é zero? Ops, quase zero; não leio auto-ajuda.