Título:
Zon - O Rei do Nada
Autor:
Andrei Simões
Editora:
Empíreo
Onde Comprar:
Submarino | Saraiva | FNAC
Como seria reinar sobre absolutamente nada? Em Zon – O rei do nada, os leitores entrarão em contato com uma narrativa profunda e intensa, na qual conhecerão um personagem que precisa invadir mentes e consciências para continuar vivendo. E ele só ficará totalmente satisfeito se, no fim, destruir as crenças daqueles que domina. Dessa forma, abre espaço para que ele mesmo seja o substituto e se torne a grande divindade do universo. Porém, quando descobre que outras forças também trabalham em sua mente, Zon se vê preso num paradoxo, e já não tem certeza de que conseguirá dominar a realidade com tanta rapidez. Ao mesmo tempo em que constrói novas crenças, destrói sua própria existência. Quem estaria por trás desse controle? Conseguirá Zon permanecer vivo e são? Zon – O rei do nada é uma aventura fantástica onde verdade e mentira, realidade e ficção se misturam, fazendo com que até o mais calmo leitor estremeça diante das profundas descobertas.
“Zon – O rei do nada” é um livro quem tem o estilo
atípico do que costumo ler com frequência e foi uma surpresa positiva. Gosto de
diversificar nos estilos dos livros. Acho extremamente saudável, pois assim o
leitor não fica preso a um universo, entendem? E ao iniciar a leitura de “Zon”, tive um ótimo pressentimento sobre ele. Nada
melhor do que uma leitura já te pegar de primeira, não acham? O autor, Andrei Simões, é paraense e tive o prazer de
conhecê-lo em uma feira literária que teve na cidade. Lendo a sinopse da obra,
eu realmente não sabia o que esperar e, acreditem, nada poderia me preparar
para a proposta desse livro.
Zon é um personagem que se percebeu de sua
não-existência. Ou seja, ele se descobriu uma criação do fruto da imaginação de
um ser humano, que é chamado de Aquele que Escreve. Observem que proposta interessante: um personagem que se
descobre um personagem e tenta se desvencilhar de seu autor. Antes de ter essa
consciência, a vida de Zon é descrita como uma rotina cruelmente real.
“Zon não era feliz. Ele apenas era. (...) Mãos braços pernas bagos olhos. Um professor de meia-idade, artista frustrado, quase pintor. Abdicou dos sonhos de sua juventude e os vendeu um a um para pagar o aluguel, os presentes caros em uma sociedade que só sabe demonstrar afeto com dinheiro e viciada em consumo mais que qualquer droga ilícita...”
Quando ele se descobre uma criação dAquele que Escreve,
Zon tenta (e vai) expandir. A posse dessa consciência reflete diretamente em
seu criador e em outra figura que também é citada: Aquele que Lê.
A partir dessa descoberta, Zon parte em busca de outras
consciências, outras vidas, outros personagens. Ele dá para Aquele que Lê uma
perspectiva interessante do que é a percepção da vida de vários prismas: O rapaz
que se auto exilou por completo porque teve uma súbita certeza de que alguma
coisa estava errada; O mendigo que incomodou o homem que lhe dava o que comer
porque se fez ser percebido; A menina que não sonhava, mas que tinha um grande
poder imaginativo; entre vários outros. Andrei Simões leva o seu leitor a viagens em mundos
fantásticos de consciências complexas e profundas.
O livro, lançado pela editora Empíreo, é repleto de
ilustrações lindamente perturbadoras. Narrativa e imagens se complementam de
forma magnífica. A artista, Lupe
Vasconcelos, conta sua versão da história através de imagens aparentemente
desconexas. Talvez, se vistas isoladamente, só as imagens já causariam um
impacto forte aos olhos, então a parceria com o texto foi uma união incrível e
muito marcante.
A narrativa de Andrei Simões me remete a fluxo de ideias;
Nem sempre é linear, nem sempre o texto faz completo sentido, mas a clara
intenção de subversão está posta para o leitor abraçar esse caos e juntar os
sentidos de forma subjetiva.
Entendam, amigos, esse não é um livro que conta uma
narrativa com o enredo todo no lugar. É uma história que precisa diretamente do
leitor – Aquele que Lê – para fazer sentido. O autor estimula o leitor a dar um
adjetivo para sentimentos inenarráveis. É interessante. É agridoce. É apaixonante.
O texto, o estilo da narrativa, as ilustrações... é tudo perfeitamente
apropriado. O livro ainda tem algumas referencias marcantes, o que só
contribuiu para minha fascinação.
Vocês podem saber um pouco mais sobre “Zon – O Rei do
Nada” e o autor Andrei Simões aqui.
Fernanda Karen Estudante de Serviço Social com o coração no curso de Letras. Apaixonada por séries, dramas e café. Bookaholic irrecuperável e promíscua literária. Eventualmente estou trocando um de meus rins por livros muito desejados. (Qualquer coisa é só entrar em contato). Amo YA, ficção-fantasia, clássicos (brasileiros, portugueses, ingleses, latinos etc), chick-lits... Perceberam que meu preconceito literário é zero? Ops, quase zero; não leio auto-ajuda.
~~~~ PROMOÇÃO ~~~~
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