Título:
Shazam!
Ano:
2019
Direção:
David Sandberg
Produção:
Warner Bros Entertainment
Duração:
132 minutos
Billy Batson tem apenas 14 anos de idade, mas recebeu de um antigo mago o dom de se transformar em um super-herói adulto chamado Shazam. Ao gritar a palavra SHAZAM!, o adolescente se transforma nessa sua poderosa versão adulta para se divertir e testar suas habilidades. Contudo, ele precisa aprender a controlar seus poderes para enfrentar o malvado Dr. Thaddeus Sivana.
Após o sucesso de Aquaman, a DC Comics tenta um novo sucesso adaptando pela primeira vez para as telonas o heroi Shazam! Veja nossas impressões sobre o filme
A história do Shazam! é antiga. Publicado originalmente sobre a alcunha de Capitão Marvel, pela extinta Fawcett Comics, o herói nasceu basicamente como um Superman mágico. A semelhança aliás, foi alvo de processo pelos criadores do kriptoniano, o que levou o Capitão Marvel a sumir das bancas. Anos depois, a DC comics comprou os direitos do personagem de uma falida Fawcett (que não conseguiu se recuperar sem poder publicar seu maior herói) e integrou-o a seu universo principal.
Agora, inspirado principalmente na versão Novos 52 do herói, Shazam! chega aos cinemas pela primeira vez num filme até bem divertido, mas que deixa a sensação de que poderia ter sido melhor.
Logo no início, já conhecemos o vilão do filme, Thaddeus Sivana (Mark Strong). Em sua infância ele conhece a caverna do Mago Shazam! que lhe oferece seus poderes, desde que ele prove ter um coração puro. Entretanto, ele é tentado pelo 7 pecados capitais (aqui manifestados na forma de monstros) e acaba não se provando digno. Esse encontro estabelece um trauma na vida de Sivana, que passa o resto de sua vida tentando retornar para a caverna.
Anos se passam e conhecemos Billy Batson (Asher Angel), um adolescente problemático, que se perdeu de sua mãe quando pequeno e está a procura dela desde então, fugindo de todos os lares adotivos que passou. Quando Sivana (agora já adulto) consegue descobrir como retornar a caverna de do Mago, libertar os 7 pecados e o deixar enfraquecido, Billy Batson é convocado e recebe os poderes de Shazam! sempre que falar seu nome. Os poderes, aliás, fazem referência: a sabedoria de Salomão, a força de Hércules, o vigor de Átlas, o trovão Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio.
O filme em si é uma grande comédia com super heróis. Enquanto tenta entender o funcionamento de seus poderes, Billy começa a lidar com as responsabilidade por trás do heroísmo, ao mesmo tempo que tem que lidar com sua nova família adotiva. A interação com os outros personagens da família, principalmente Freedy Freeman (Jack Dylan), é uma das melhores coisas da trama. As cenas mais engraçadas são aquelas em que Freedy ajuda Billy a descobrir seus poderes. O arco de Billy atrás de sua mãe e lidando com a nova família adotiva é muito bom e trás algumas cenas mais emotivas, apesar do foco principal ser no humor.
Mark Strong também está muito bem como o vilão semi silencioso Dr. Sivana e tem uma ótima interação com o herói quando transformado (interpretado por Zachary Levi).
O grande problema do filme é que ele não vai muito além disso. Quem for ao cinema esperando ver cenas de ação, se decepcionará: as poucas cenas não são la muito inspiradas e os efeitos especiais não ajudam. Aparentemente a produção, percebendo não ter orçamento o suficiente para grandes efeitos, preferiu trocar as batalhas por cenas mais cômicas. Não é de todo ruim, mas deixa acaba deixando a sensação de que faltou algo.
Outro ponto que incomoda bastante é a duração: o filme podia ser bem mais curto e, em dado momento passa a sensação de enrolar um pouco para entregar o final.
Apesar disso, Shazam! é uma boa sessão da tarde e garante diversão em suas pouco mais de duas horas de duração.
