Título:
A razão do amor
Autora:
Ali Hazelwwod
Editora:
Arqueiro
Ano:
2022
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No novo livro da autora best-seller de A hipótese de amor, uma cientista será obrigada a colaborar com seu rival em um projeto de proporções interestelares, e os resultados prometem ser explosivos.
“Seu mundo está prestes a ser abalado.” – Elena Armas, autora de Uma farsa de amor na Espanha
A carreira de Bee Königswasser está indo de mal a pior. Quando surge um processo seletivo para liderar um projeto de neuroengenharia da Nasa, ela se faz a pergunta que sempre guiou sua vida: o que Marie Curie faria? Participaria, é claro. Depois de conquistar a vaga, Bee descobre que precisará trabalhar com Levi Ward – um desafio que a mãe da física moderna nunca precisou enfrentar.
Tudo bem, Levi é alto e lindo, com olhos verdes incríveis. E, aparentemente, está sempre pronto para salvá-la quando ela mais precisa. Mas ele também deixou bastante claro o que pensa de Bee quando os dois estavam no doutorado: rivais trabalham melhor quando estão cada um em sua própria galáxia, muito, muito distantes.
Quando o projeto começa a ficar conturbado, Bee não sabe se é seu córtex cerebral lhe pregando peças, mas pode jurar que Levi está apoiando suas decisões, endossando suas ideias... e devorando-a com aqueles olhos. Só de pensar nas possibilidades, ela já fica com os neurônios em polvorosa.
Quando chega a hora de se decidir e arriscar seu coração, só há uma pergunta que realmente importa: o que Bee Königswasser fará?
Bom dia, queridos leitores, como estamos? Desejamos a todos uma semana muito de boas em todos os aspectos!
Por aqui seguimos em dilema eterno de uma mente bookaholic em decidir entre ler os livros que comprei ano passado, a maioria ainda da Bienal e Feira Pan Amazônica do livro, baixar novas indicações no kindle unlimited e zapear por sites para ver os lançamentos das minhas editoras favoritas, enfim... a vida difícil de uma leitora libriana. Acredito que a forma que talvez eu consiga administrar minha mente faminta de histórias é: ler um livro que já tenho, depois um e-book em inglês e, por fim fazer uma wishlist quilométrica para quando eu puder ir comprando os livros novos e os devorando... sabe, talvez assim eu consiga dar a atenção a todos os queridos. Vou mantendo vocês atualizados...
A dica de hoje é de ouro pois se trata de um livro com um potencial imenso de ser aquele coringa da estante, sim... aquele que você corre quando chega determinado período do mês chamado "ressaca literária"? Esse mesmo, afinal de contas ler Ali Hazelwood é ter certeza de encontrar as seguintes situações: História engraçada, meio acadêmico, uma mocinha muito incrível, e nesse caso encontrar a Marie Curie.
Nem toda super heroína precisa usar capa e saber voar, algumas delas são tão brilhantes que conseguem não só descobrir dois elementos da tabela periódica, Polônio e Rádio, como também consegue lutar e ser a primeira mulher a realizar doutorado na França, ganhar dois prêmios Nobels e, detalhe, em áreas diferentes: física e química no século 19. Essa, meus queridos, foi Maria Salomea Sklodowski... uma polonesa que posteriormente seria mundialmente conhecida por todas as gerações como a genial
Marie Curie. Para aqueles que ficaram muito interessados em conhecer mais dessa heroína sugiro que assistam o filme "Radioactive" na Netflix. Não vai mostrar toda a dimensão do que essa mulher representa, porém vai contar parte da trajetória dela. Então vale a pena colocar na sua listinha de filmes para assistir no fim de semana... fica essa dica aí também.
Mas provavelmente você deve estar se perguntando: cadê a resenha, Anne?
Então, não tínhamos como iniciar a resenha sem falar de uma das personagens da história, não é mesmo? Apesar da Marie Curie não ser diretamente uma personagem, ela é essencialmente por ser a heroína e maior inspiração de vida da protagonista, Dra. Bee Konigswasser, uma cientista muito apaixonada pelo seu trabalho em neurociência e que vê em Marie Curie uma bussola para sua vida. Não é de se estranhar que Bee tenha criado uma conta no Tweeter chamada @OQueMarieFaria e que se tornou muito popular em números, acessos e interações pois lá Bee compartilha anonimamente algumas angústias e situações que presencia no meio cientifico como uma mulher buscando seu espaço em meio a pessoas inteligentíssimas mas, ainda muito excludentes de gênero.
Não só as suas histórias trabalhando com um chefe babaca que não entende o que ela faz e sempre fica puxando o serviço dela para trás, mas também reposta histórias compartilhadas por outras mulheres no meio científico ou acadêmico. Como uma rede de resistência e suporte para todos aqueles que se sintam da mesma forma. Bee é uma mulher que teve um início de vida bem nômade com seus pais e irmã gêmea, e sente um pouco essa ausência de raízes na vida adulta, então ela aprende com Marie Curie que se tem uma coisa que nunca vai te deixar na mão, de forma segura e constante é a ciência, por isso Bee mergulha fundo em sua paixão... o que faz com que ela vá se destacando cada vez mais.
Bee recebe uma proposta incrível depois de ter passado por inúmeros testes para representar o instituto nacional, local onde trabalha, e coordenar um projeto superimportante, revolucionário e sigiloso de neuro engenharia junto a Nasa. Nem preciso tentar descrever a proporção da eufórica dela ao saber o que vai contribuir com o seu estudo, porém ao chegar na Nasa com sua estagiária descobre que não vai ser a coordenadora, e sim subcoordenadora, ao lado do chefe da equipe de engenharia, que é ninguém menos que eu arquirrival, Dr. Levi Ward.
Como descrever o Dr. Levi Ward sem dizer que ele é o sonho hot de muitos de nós? Isso não foi nada imparcial, mas não vamos nos ater à sua aparência, vá ler o livro, pois o principal é que a Dra. Bee não gosta dele há algum tempo pois mesmo durante os estudos se esbarravam e ele sempre foi grosseiro e frio; ela chegou até a ouvir ele dizendo para o ex-noivo dela que deveria procurar casar com outra pessoa e não com ela, tá bom pra vocês? Pois é, então não é de se admirar que ela não ficou nada feliz em esbarrar com ele novamente, e o que a deixou mais enfurecida é que ninguém pode dizer que ela não tentou uma nova aproximação... pois antes de chegar na Nasa ela mandou um e-mail bem legal a ele, que ficou sem resposta.
E dá foi só ladeira abaixo pois ela chega na Nasa e não a deixam entrar, não tem crachá ou acesso, o material que ela precisa para estudo não chegou, não tem nem computador só uma sala empoeirada que praticamente grita que ela não bem-vinda ali. E ao que tudo indica é tudo culpa do Dr. Levi novamente. Porém, a Dra. Bee vai chegando ao seu limite e em determinados momentos do livro acaba tendo pequenas "verborragia" e vai soltando aos poucos seus reais sentimentos por ele sua maneira de agir com ela... e a partir daí nossa história de fato vai começando com esses dois bicudos descobrindo o que de fato aconteceu no doutorado deles, e começam a perceber que existe algo misterioso acontecendo que eles não compreendem bem, mas uma certeza eles têm: a ciência por certo pode solucionar!
Agora te faço a seguinte pergunta: o que você faria se descobrisse que o seu crush da escola ou faculdade na verdade sempre foi afim de você de uma forma bem hot? Pois é... acho que alguns de nós não chegaram nessa fase do jogo ainda kkkk... experiência própria! Essa pergunta parece sem sentido agora mas te garanto que só terá nexo se você ler o livro e compartilhar dessa vivência no passado.
A história desses dois é muito divertida, leve e me fez aprender muito sobre a história de luta da Marie Curie e das mulheres dentro de um espaço científico hostil de trabalho em meio a luta de gênero. E mesmo tendo esse viés, o livro também é um chick-lit cheio de um dos nossos clichês favoritos em romances: enemies to lovers (de rivais a amantes).
Espero que vocês se divirtam com essa leitura levinha e divertida... e que ele seja um "curador de ressacas" para vocês tanto quanto foi para mim... um abraço de urso enorme e fica a dica!